O mundo está
cercado por manifestações naturais e até mesmo sobrenaturais e o ser humano as
visualiza por meio de seus sentidos. Mas será que tudo o que percebemos, vimos,
sentimos, ouvimos é a imagem real do mundo externo?
Dizem que a primeira impressão é a que fica, mas
existe um equívoco nessa afirmação. Vivi uma situação que exemplifica isso.
Encontrava-me num cômodo da minha casa e ao olhar para tudo o que estava ao meu
redor percebi uma confusão quanto à disposição dos mosaicos das cerâmicas na
parede. Comecei a pensar e depois de muita observação e raciocínio cheguei à
conclusão que deveria haver algum modelo ou forma para que todas as cerâmicas
pudessem ser fabricadas, achei um ponto em comum e logo após percebi que todas
na verdade eram iguais, mas estavam dispostas de maneira diferente. Se
estivesse ficado com a ideia inicial estaria errada e nesse ponto é que entra a
confusão dos nossos sentidos, assim foi preciso um jogo de raciocínio para
chegar à verdadeira conclusão.
É isso o que Descartes enfatiza no seu argumento do
cogito, onde o sujeito deve duvidar, questionar e contrapor, se possível ou
necessário, ideias, que fora explicitado acima de forma simplória. Ele afirma
que o filósofo deve duvidar de tudo, levantar dúvidas, que a razão era a forma
para se chegar a verdade e que os nossos sentidos nos enganam. “Penso, logo
existo” é a frase que embasa o argumento de Descartes, o qual entendido como
intuitivo dá meios para justificar e explicar o conhecimento.
Esclarecendo o argumento: não poderia um homem
pensar sem existir, assim se se pensa que existe, necessariamente existe. Essa
verdade se enquadraria somente no “existir” ou no ato de pensar, enquanto
houver dúvidas não existirá certeza, logo não há veracidade no mundo ao meu
redor, pois dependem dos meus sentidos e das minhas experiências.
Interessante modo de expor sobre o cogito, ficou bastante claro.
ResponderExcluir