domingo, 12 de fevereiro de 2012

A Dúvida Diante da Razão ou das Experiências



O mundo está cercado por manifestações naturais e até mesmo sobrenaturais e o ser humano as visualiza por meio de seus sentidos. Mas será que tudo o que percebemos, vimos, sentimos, ouvimos é a imagem real do mundo externo?
Dizem que a primeira impressão é a que fica, mas existe um equívoco nessa afirmação. Vivi uma situação que exemplifica isso. Encontrava-me num cômodo da minha casa e ao olhar para tudo o que estava ao meu redor percebi uma confusão quanto à disposição dos mosaicos das cerâmicas na parede. Comecei a pensar e depois de muita observação e raciocínio cheguei à conclusão que deveria haver algum modelo ou forma para que todas as cerâmicas pudessem ser fabricadas, achei um ponto em comum e logo após percebi que todas na verdade eram iguais, mas estavam dispostas de maneira diferente. Se estivesse ficado com a ideia inicial estaria errada e nesse ponto é que entra a confusão dos nossos sentidos, assim foi preciso um jogo de raciocínio para chegar à verdadeira conclusão.
É isso o que Descartes enfatiza no seu argumento do cogito, onde o sujeito deve duvidar, questionar e contrapor, se possível ou necessário, ideias, que fora explicitado acima de forma simplória. Ele afirma que o filósofo deve duvidar de tudo, levantar dúvidas, que a razão era a forma para se chegar a verdade e que os nossos sentidos nos enganam. “Penso, logo existo” é a frase que embasa o argumento de Descartes, o qual entendido como intuitivo dá meios para justificar e explicar o conhecimento. 
Esclarecendo o argumento: não poderia um homem pensar sem existir, assim se se pensa que existe, necessariamente existe. Essa verdade se enquadraria somente no “existir” ou no ato de pensar, enquanto houver dúvidas não existirá certeza, logo não há veracidade no mundo ao meu redor, pois dependem dos meus sentidos e das minhas experiências.

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