“Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por
si só, uma vida.”
(Sêneca)
Sêneca em alguns de seus textos sobre “A vida feliz” discorre sobre o problema da felicidade e nos leva a uma reflexão sobre a mesma. Pois onde estaria o que todos procuram e tão poucos encontram?
Felicidade!
Onde esta você? O que faz uma vida feliz? O que faz nossos dias, horas e
momentos felizes? Eu particularmente acredito que viver a vida, significa fazer
escolhas, e é a conseqüência dessas escolhas é que nos permite desfruta da tão
sonhada felicidade. Mas o que diria Sêneca?
Segundo
Sêneca, para definir uma vida feliz e se chegar à felicidade, o primeiro
preceito é não ir pelo mesmo caminho que todos vão, assim devemos negar a
concepção da felicidade proposta pelo senso comum, pois Sêneca diz que a massa
segue o conformismo e não usa a razão. Outro preceito Dele é, não julgue alguém
pela aparência, aprecie a alma, pois a aparência só nos inspira inveja, cobiça,
ostentação e nem uma paz interior. Sêneca diz que o único mal e não sermos
fiéis a nós mesmos e as nossas convicções. Para Sêneca a felicidade decorre da
serenidade.
Será então, jogando com as
palavras e com as idéias que irá Sêneca apresentar-nos seu pensamento, assim
quando perguntado pela felicidade, os elementos necessários para pensar a
questão do bem viver em Sêneca, não se encontrarão rigorosamente organizados,
sistematicamente expostos, nem mesmo A vida feliz, porém, ainda
que brincando com as idéias, Sêneca não deixa de apresentar quais sejam esses
elementos, por exemplo, o viver bem não pode ser pensado em Sêneca afastado das
idéias de uma vida conforme a natureza, de um necessário estado de alma
tranqüila, de um assenhoramento de si, permitindo-nos então a reconstrução do
seu pensamento, e uma aproximação de sua filosofia, permitindo-nos enfim o
contato com suas idéias.
Logo
pensar sobre a felicidade ou mesmo buscá-la, faz-se necessário o exercício
da razão, seja através de teorias como as que Sêneca nos propõe ou
mesmo através de nossas próprias ideias, o importante e
refletir e saber que nossas necessidades são diferentes umas das
outras, e cabe a nós mesmos buscar nossos tesouros, pois onde quer que esteja
nosso coração com a totalidade de nossas necessidades, ali estará nosso
tesouro “feliz”. O que objetivamos através desse texto, foi uma
reflexão sobre o exercício da razão que o levará ao encontro de uma felicidade
pessoal, a nossa pretensão não é responder o questionamento aqui
proposto “Onde esta a felicidade?”, pois se o fizéssemos estaríamos
nos contradizendo, já que defendemos que assim como Sêneca afirmou
“o único mal é não sermos fiéis a nós mesmos”, então seja fiel às
suas razões e princípios para busca a partir de sua subjetividade e
necessidade a sua felicidade.
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