quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Desperte!

Olá futuros psicólogos?! 

Desde quando foi dada a proposta desde blog, fiquei pensando sobre o que eu escreveria. Diante da minha dúvida acho que os deuses gregos ficaram com pena de mim (olha o mito!) e colocaram - me diante da pura filosofia.
Tudo aconteceu durante aquela semana que não teve aula; vim para São Luiz, e foi em uma tarde sem ter muitos compromissos que me vi encantada com o livro : O MUNDO DE SOFIA. Ouvia as pessoas falando que era um livro muito bom, porém , nunca me interessei saber sobre o que falava a história do livro, pensei que fosse a história de uma menina e a sua vida, tipo "Poliana Moça". Que engano o meu! O livro trata de uma fascinante viagem à história da filosofia, por quê não dizer "mundo da filosofia"? Digo mundo, por que agora ao lembrar de toda sua história e todos aqueles que construíram essa história, parece que tudo aconteceu em um mundo à parte, pois percebo que hoje no século XXI , não sobrou muitos vestígios sobre esse mundo encantado da filosofia. Percebo que esse encantamento, curiosidade e vontade de desvendar os mistérios da natureza e da humanidade está mais presente nas crianças que nos adultos, pois estes já se deixaram enfadar, já se acostumaram com tudo, para eles, nada mais precisa de respostas, é como se o mundo já estivesse totalmente lapidado, sem mais necessidades de mudança.
O livro fala muito sobre o que seria a filosofia. O que pude perceber ao longo do livro, o importante não é tanto saber o que é filosofia, que não se aprende sobre filosofia, você pode saber sobre a história da filosofia, e que o mais importante é filosofar, e filosofar também não se aprende, pois filosofar é admirar-se, e ter a inquietude dentro de si, é não se conformar com as respostas que aprendemos na escola, que aprendemos, na faculdade. E Descartes mais que ninguém defende bem essa idéia. As vezes é bom nos despir dos conhecimento e nos vestir da razão, e não cansar de buscar o que é certo e não duvidar das nossas capacidades de construir conhecimento.
Falando, ou melhor, filosofando um pouco sobre as belezas da infância, lembro o quanto eu gostava de ficar pensando sobre essas coisas, talvez naquela época eu não sabia  que era exatamente um pensamento ou um modo de filosofar, mas sim apenas uma brincadeira. Lembro de ficar horas no espelho olhando para mim mesmo e perguntando quem sou eu, se eu mudasse meu rosto será que eu mudaria alguma coisa? Não lembro de ter tido respostas, mas lembro de sempre me fazer muitas perguntas. E hoje, se eu encontrasse comigo mesmo? O que será que eu reconheceria como sendo uma característica que forma a minha personalidade. Alguns responderia, "Ser um estudante do curso tal" ou ainda "possuir o sobrenome tal". Essa é uma pergunta muito difícil para nós, adultos do século XXI, já vivemos tantas coisas, conhecemos tantas pessoas, e cada uma dessas experiências e pessoas, deixaram um pouquinho delas em nós, talvez por isso é tão difícil saber na realidade quem somos nós.
Como diz uma sábia frase do livro : É NECESSÁRIO ACORDAR DO SONO ENCATADO DO COTIDIANO! E acho que além das muitas coisas que este livro me ensinou, como : quais foram os filósofos da natureza, onde a filosofia surgiu, quais as teorias e contribuição de cada filósofico. Este livro juntamente com as aulas de filosofia me ensinou algo que vai além disso, me ensinou esse despertar do sono encantado do cotidiano, me ensinou a voltar lá naqueles meus dias em que eu me admirava com minha própia imagem no espelho. Porém, penso  que até as crianças estão sendo contagiadas com esse sono, com esse conformismo adulto. Vai ai uma tirinha que expressa em imagens um pouco do que quis dizer aqui.



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